A Fitoterapia é muitas vezes confundida com o uso de plantas medicinais in natura, o que não é.
Fitoterapia é quando a planta medicinal é manipulada ou industrializada com a finalidade de se obter um medicamento, chamado fitoterápico. Esses medicamentos são regularizados pela Anvisa antes de serem comercializados.
O processo de industrialização, a transformação da planta em medicamento, ocorre para evitar contaminações e para padronizar quantidade e forma de uso e dar embasamento aos profissionais qualificados a prescrever essa medicação.
Esse cuidado é importante, pois apesar de os fitoterápicos serem de origem natural, é preciso que sejam indicados por especialistas da área da saúde.
Vamos aprofundar um pouco mais no tema? Apontamos neste artigo alguns pontos essenciais sobre fitoterapia e sua utilização como prática integrativa e alternativa.
Acompanhe!
Afinal, o que é fitoterapia?
Fitoterapia é uma técnica que pesquisa e analisa as funções terapêuticas das plantas e vegetais e seu uso na prevenção e tratamento de doenças.
Vários profissionais da saúde são capacitados para indicar fitoterápicos aos seus pacientes, com o objetivo de melhorar o organismo, ajudar no combate de doenças e atuar na prevenção de problemas de saúde. A Fitoterapia está, inclusive, entre as práticas integrativas e complementares do SUS.
Todo produto farmacêutico, seja extrato, tintura, pomada, ou cápsula, que utiliza como matéria-prima qualquer parte de uma planta com conhecido efeito farmacológico, pode ser considerado um medicamento fitoterápico.
Como funciona a Fitoterapia?
A Fitoterapia funciona, conforme já dissemos, a partir do uso de plantas e vegetais na fabricação de medicamentos. Mas o que ainda não dissemos é por que ou como isso acontece.
As plantas produzem naturalmente substâncias para o seu próprio desenvolvimento. Seu crescimento, reprodução ou defesa contra adversidades ambientais: tudo isso desencadeia na produção de compostos ativos que apresentam importantes efeitos terapêuticos para o corpo humano.
Esses compostos permitem que sejam descobertos benefícios em sua utilização como medicamentos fitoterápicos, manipulados ou industrializados. Há também a opção da planta in natura, como os chás.
Lembrando que esses compostos bioativos passam por um processo de ensaios, análises e acompanhamento de órgãos de saúde para assegurar o seu uso adequado e seguro.
Quais são os benefícios da Fitoterapia?
Além da positiva atuação nos tratamentos de saúde, a Fitoterapia apresenta outros benefícios, como a composição natural, a biodiversidade disponível e menos efeitos colaterais. Acompanhe a seguir mais detalhes de cada um deles.
Composição
A fitoterapia conta exclusivamente com substâncias de origem vegetal para a composição de medicamentos fitoterápicos, sem componentes sintéticos.
Biodiversidade
As inúmeras espécies de plantas e alimentos de origem vegetal abrem possibilidades para a descoberta de novos ativos e soluções fitoterápicas. O Brasil, por exemplo, apresenta uma grande diversidade de vegetais, o que fomenta o desenvolvimento da técnica e oferece mais opções a serem disponibilizadas.
Menos efeitos colaterais
Se é natural, não faz mal? Não é bem assim. O consumo de medicamentos fitoterápicos, bem como de plantas medicinais in natura, é muitas vezes estimulado pela crença popular de que “se é natural não faz mal”.
Porém, ao contrário da crença popular, eles podem causar diversas reações como intoxicações, enjôos, irritações, edemas (inchaços) e outros problemas, como qualquer outro medicamento.
Por isso, reforçamos mais uma vez: somente pessoas capacitadas podem prescrever esse tipo de medicamento.
Esse, aliás, é nosso próximo tópico. Vamos te contar quem pode se capacitar em Fitoterapia.
Quem pode atuar com Fitoterapia?
Veja quais profissionais podem se especializar em Fitoterapia e oferecer tratamentos com essa prática integrativa, complementar ou não a tratamentos da medicina tradicional.
Farmacêutico
O Conselho Federal de Farmácia regulamenta que o farmacêutico pode prescrever medicamentos fitoterápicos, desde que não sejam os restritos à prescrição médica, que estão listados no Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira/2016 da ANVISA.
Apesar disso, é importante que esse profissional tenha em seu currículo uma especialização específica. Além de ser ótimo para sua carreira, o ajuda muito em sua função no atendimento ao púbico.
Médico
Apesar de a Fitoterapia não ser reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina, é considerada uma alternativa a tratamentos terapêuticos, sendo inclusive,reconhecida pelo Ministério da Saúde para isso.
Sendo assim, médicos podem prescrever inúmeras plantas medicinais e nas mais diversas formas farmacêuticas.
Médico veterinário
Esses profissionais podem prescrever fitoterápicos a seus pacientes, desde que a planta medicinal seja indicada ao uso veterinário.
Nutricionista
O Conselho Federal de Nutricionistas regulamenta que esses profissionais podem prescrever fitoterápicos e plantas medicinais na forma de infusão, decocção e maceração.
No entanto, somente o nutricionista pós-graduado em Fitoterapia pode prescrever outras formas, como de fitoterápicos por via oral, como extrato seco, extrato seco padronizado, xaropes, tinturas, extratos fluídos, alcoolatura, dentre outras.
Biomédico
O Conselho Federal de Biomedicina regulamenta que o biomédico pode exercer qualquer uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, desde que tenha um certificado de curso reconhecido e com carga horária mínima preestabelecida (360h).
Dentista
O Conselho Federal de Odontologia reconheceu o emprego das plantas medicinais por este profissional, regulamentando o uso de fitoterápicos.
Enfermeiro
O Conselho Federal de Enfermagem reconhece as Práticas Integrativas e Complementares como uma especialidade da Enfermagem. Dessa forma, o profissional pode prescrever plantas medicinais e fitoterápicos, seguindo orientações da Lei do Exercício Profissional e de protocolos institucionais.
Fisioterapeuta
O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional regulamenta que fisioterapeutas prescrevam fitoterápicos, desde que a indicação esteja de acordo com seu campo de atuação.
Biólogo
O Conselho Federal de Biologia habilita o profissional para atuar nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, mas, para prescrever fitoterápicos precisa se especializar. A carga horária estipulada é de 360 horas.
A especialização em Fitoterapia
A prescrição de fitoterápicos e plantas medicinais pelos profissionais da saúde deve ser pautada em estudos científicos que garantam sua eficácia e segurança.
Por isso, é essencial que esses profissionais se especializem. O Instituto LG tem a capacitação certa para esses casos: a Pós-graduação em Fitoterapia Aplicada.
Essa especialização tem a certificação da PUC Goiás, uma das mais tradicionais e renomadas instituições de ensino do país, conteúdo de qualidade e professores altamente capacitados.
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